Cobertura do Museu das Termas Romanas será transformada em Jardim

O projeto de requalificação do espaço superior do Museu das Termas Romanas e zona envolvente obteve luz verde da Direção-Geral do Património Cultural. Segundo a autarquia de Chaves, o maior Balneário Termal Romano da Península Ibérica ganhará vida com “um moderno e atraente jardim”.

A intervenção estética da cobertura do Museu das Termas Romanas de Chaves permitirá “instanciar um jardim de vivências para todas as idades, mantendo uma ligação ao Museu e à muralha seiscentista que por ali passava”, esclareceu a Câmara Municipal.

“Serão criados trilhos de ligação às ruas, assim como novos elementos de transição entre espaços, conectando o jardim com o meio que o circunda. Nesse domínio, existirão, ainda, zonas de estar, espaços verdes, bancos que se distribuem ao longo do percurso, por entre floreiras e áreas de confraternização para todos”, destaca ainda o município.

O projeto já obteve parecer favorável das entidades tutelares do património e encontra-se em fase de procedimento de contratação pública para celebração do contrato de empreitada.

A autarquia acredita que com este projeto, também o Palácio da Justiça recupere “a sua relevância arquitetónica, com a criação de um espaço aberto, em jeito de praça, que permitirá um maior usufruto, resultado de uma ligação privilegiada com o jardim”.

“A pérgula em estrutura metálica, projetada na direção da antiga muralha seiscentista, será o ícone do projeto arquitetónico. Esta criará um percurso, culminando na estátua em homenagem a Levy Maria Jordão, que se mantém no espaço público”. Também toda a zona envolvente será revestida “com uma composição de ripados de madeira, que sob a luz do sol, projetará uma textura visual ímpar”, num projeto cuja arquitetura a Câmara Municipal define como “vanguardista”.

As Termas Medicinais Romanas de Chaves foram classificadas como Monumento Nacional, em dezembro de 2012, e abertas ao público em dezembro de 2021, após a resolução de problemas de condensação e infiltração de água. O edifício, que ruiu em pleno funcionamento no século IV, foi descoberto em 2004, por um acaso, aquando da prospeção e escavações no local para a construção de um parque de estacionamento subterrâneo.

 

Sara Esteves

Fotos: Boletim CM Chaves