Festival N2 promete viagem com única ‘escala’ em Chaves

Falta perto de mês meio para os festivaleiros apertarem os cintos e embarcarem na viagem pelo Festival N2 que regressa a Chaves, de 1 a 3 de agosto, com uma edição que promete ficar na memória de todos que por lá passarem, garante a organização.

Tiago Bettencourt, Nenny, Branko e Maro são os cabeça de cartaz da 6ª edição do Festival N2, mas durante três dias, o Jardim Público de Chaves, apresentará diferentes artistas, culturas e sonoridades que passarão por dois palcos distintos.

“No que toca à programação, queremos acima de tudo reforçar aquilo que correu bem o ano passado e o que correu muito bem foi o palco itinerante. Continua a ser uma aposta ganha. Temos o palco viagem a ‘dar palco’ aos artistas locais e depois, no recinto do Jardim Público, entre os concertos teremos sempre um DJ Set a animar as trocas de palco com a novidade que, no último dia, esse DJ Set vai-se prolongar até mais tarde, no sentido de fechar em beleza o Festival N2”, explicou Marta da Costa, produtora na INDIEROR, entidade responsável pela organização do evento, que promete desvendar mais novidades até à data do festival.

Durante três dias, o Jardim Público de Chaves, apresentará 12 artistas, com culturas e sonoridades distintas. O palco principal do recinto será a “casa” do evento, onde atuarão três artistas diariamente, sendo que o primeiro concerto terá início pelas 21h30. Mas a festa da música não termina no final dos concertos, ao final da noite todos os festivaleiros poderão disfrutar e descontrair com o DJ set de Alex D’Alva, junto à zona dos bares.

O Festival N2, de entrada gratuita, distingue-se dos restantes por ter um segundo palco itinerante. O palco Viagem levará músicos promissores da região, como Pi, Lolli Wren e Batucada, a tocar em cantos distintos da cidade. Neste palco, os concertos acontecem durante o período da parte, pelas 18h00.

“O nosso objetivo é que efetivamente seja um festival familiar e a programação tem de ir ao encontro disso mesmo, ou seja, de tocar em diferentes gerações e nunca perdemos esta essência, e este brio, que gostámos que também exista na programação, mas também temos de tocar em diferentes públicos e houve um cuidado reforçado nesse sentido, ou seja temos artistas como a Nenny que é para um público mais jovem, mas depois temos Tiago Bettencourt que certamente vai atrair um público um pouco mais velho”, salientou Marta da Costa, durante a apresentação do evento no Arquivo Municipal de Chaves.

O presidente da autarquia frisou que este “é um Festival que está ligado a esta via icónica que é a Nacional 2 que procura estabelecer um caminho de afirmação relativamente a um festival que decorre numa cidade do interior e ambiciona poder propiciar aos seus naturais, mas também aos turistas e a todos aqueles que queiram viver intensamente um festival com diferentes sonoridades e musicalidades, com alguns nomes conhecidos e outros a suscitar interesse. O que nós esperamos é que no início do mês de agosto, 1,2 e 3, nesse fim-de-semana, possamos ter gente a rumar a Chaves, não apenas como partida, mas sobretudo como chegada, temos a Nacional 2 e que todas as encruzilhadas possam dar a Chaves”, disse Nuno Vaz que deixou elogios à produtora INDIEROR que diz ter tido a capacidade de “identificar jovens valores que se têm revelado músicos de mão cheia. É isso que pretendemos ao mesmo tempo pretendemos uma transversalidade e uma amplitude musical que tenha um foco particular nos jovens, mas que seja de facto dos 8 aos 80”.

“PROGRAMÇÃO PRIMA PELO FATOR IGUALDADE DE GÉNERO”

“Foi algo que sempre procuramos ter em consideração, de uma forma até muito natural ao longo das edições. Muito se fala em outros festivais, que não há este cuidado de ter projetos no feminino a atuar, e o que é certo é que no Festival N2 isso sempre se verificou e curiosamente, este ano temos mais mulher a atuar do que homens, o que é algo que nos deixa bastante satisfeitos”, disse ainda Marta da Costa da INDIEROR, produtora com 10 anos de atividade cultural.

“PROGRAMAÇÃO É FRUTO DE LIGAÇÕES CRIADAS ENTRE ARTISTAS”

“Para além do festival vamos fazendo programação ao longo do ano e há toda uma rede de contactos que se vai estimulando por isso, esta programação é fruto dessas ligações que vão sendo criadas. Podemos dar-nos ao luxo de dizer que, em alguns casos foram os artistas que quiseram tocar a Chaves. O feedback que depois fica nas agências, de ano para ano, é muito positivo, Chaves sabe efetivamente receber e todos elogiam bastante a organização do festival.

A edição deste ano tem como objetivo “honrar, explorar, conectar e celebrar a riqueza natural da cidade de Chaves e toda a herança histórica da cidade”.

Segundo a organização do evento, no ano passado, passaram pelo Festival N2 mais de 18 mil pessoas, sendo que 30% do público visitante não era residente em Chaves, “o que significa que o evento transpõe fronteiras. A faixa etária dos 19 aos 30 anos foi a que mais aderiu, representando 60% do público presente”. A produtora do evento acredita que irá ultrapassar a fasquia.

A organização explica ainda que o impacto do Festival N2 extravasa o âmbito económico. “Com apenas 35% do orçamento destinado à contratação de artistas, mais de metade dos 65% restantes é investido na região, estimulando pequenos negócios e empresas locais. Desde o maior palco até o menor parafuso, a economia de Chaves é dinamizada”.

FESTIVALEIROS VÃO PODER CARREGAR BATERIAS DE APARELHOS ELETRÓNICOS

Para assegurar a conetividade e devolver mais liberdade, os festivaleiros vão poder carregar baterias dos seus aparelhos eletrónicos através de energia verde, garantiu a organização que assinou parceria com a empresa flaviense Citrobox Energias, colaborador oficial e exclusivo da Iberdrola. Estes parceiros vão contribuir “para a criação de um espaço de descanso dentro do recinto do Jardim Público, onde os festivaleiros podem estar nessa zona ‘chill out’ e carregar baterias”. Este ano o evento conta ainda com a rádio Antena 1, como media partner e continua a ter o apoio do Turismo de Portugal.

O Festival N2 é promovido pela produtora INDIEROR e financiado pelo Município de Chaves, através de um contrato programa de desenvolvimento cultural. A autarquia acredita no crescimento do evento e na possibilidade se surgirem parcerias “mais robustas”, do ponto de vista financeiro.

 

 

Texto e Fotos: Sara Esteves