Alto Tâmega e Barroso vai receber 90 milhões de euros de fundos europeus

O Auditório do Pavilhão Multiusos de Montalegre acolheu, na segunda-feira, dia 27 de novembro, o evento “Alto Tâmega e Barroso 360º”, que juntou cerca de uma centena de participantes.  

Segundo a Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT) esta iniciativa serviu para abordar várias temáticas no domínio do ambiente, sustentabilidade, demografia, inclusão, competitividade e inovação para a Região, nomeadamente, no que diz respeito às suas perspetivas e tendências para o futuro e, ainda, apresentar os estudos “Alto Tâmega 360º” e “Atlas da Água do Alto Tâmega”, bem como para abordar as linhas gerais do 2030 para o território do Alto Tâmega e Barroso.

A manhã de trabalhos foi iniciada pela anfitriã Fátima Fernandes, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, e por Fernando Queiroga, vice-presidente da CIMAT e presidente da Câmara Municipal de Boticas, que enalteceram a importância deste evento perante o novo quadro comunitário de apoio que agora inicia.

Os cinco painéis que compuseram o programa da iniciativa contaram com diversas personalidades, Francisco Taveira Pinto (FEUP - Universidade do Porto), Ricardo Almendra (GeoAtributo), Pedro Chamusca (Universidade do Minho), Nuno Marques (Coordenador do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável), Ramiro Gonçalves (AquaValor/CIMAT), Maria José Alves (AquaValor) e Daniel Bessa (Administrador da Sociedade Portuguesa de Inovação), com experiência e influência nas áreas referidas, que destacaram "os passos largos que o território do Alto Tâmega e Barroso tem vindo a dar nestas temáticas, não esquecendo, no entanto, que, tal como outras regiões do país e do resto da Europa, tem ainda muitos aspetos a melhorar", lê-se em nota enviada às redações.

Outro assunto "relevante e que tem causado grande preocupação" aos autarcas do território é o dossiê dos Transportes. "A Administração Central, em alguns aspetos, continua a delinear as normas para todo o país, não tendo em conta as especificidades de cada região", explica esta comunidade intermunicipal dando o exemplo que a região do Alto Tâmega e Barroso "não pode ser vista da mesma forma que é vista a Área Metropolitana de Lisboa. A questão da demografia é um problema que afeta a CIMAT e os autocarros têm de percorrer uma extensa área (quase três mil quilómetros quadrados), muitas das vezes, para transportar menos de dez passageiros". Para a CIMAT, estes custos "tornam-se incomportáveis, uma vez que a receita da bilhética está muito longe de ser suficiente para cobrir os custos que isto acarreta".

Neste dia, o primeiro secretário executivo da CIMAT, Ramiro Gonçalves, apresentou as linhas gerais do Pacto Desenvolvimento Local 2030 relativo à região, onde foi destacado "os mais de 90 milhões de euros da União Europeia para investimento no território onde as principais linhas serão: CIMAT + Inteligente, CIMAT + Verde, CIMAT + Social e CIMAT + Próxima dos Cidadãos", admite a CIMAT que espera no final um investimento total de mais de 107 milhões de euros em 206 projetos apoiados.

De referir que estiveram ainda presentes Nuno Vaz, presidente da Câmara Municipal de Chaves, membros dos executivos dos municípios que compõem a CIMAT, o presidente e vice-presidente da Assembleia Intermunicipal da CIMAT, Anselmo Martins e Nelson Montalvão, respetivamente, bem como membros desta Assembleia e do Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Intermunicipal da CIMAT.