Eurocidade presente no II Encontro de Agrupamentos Europeus de Cooperação Territorial da Península Ibérica

O evento, dividido em dois dias, contou com a presença de Nuno Almeida, Diretor do AECT Eurorregião Galiza - Norte de Portugal, Ana Ortiz, Delegada Territorial da  Xunta da Galiza em Vigo e António Cunha, Presidente Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

Tiveram lugar painéis de oradores sobre diversas temáticas tais como: programa INTERREG como instrumento de Coesão; Inovação; Cultura e Património além fronteiras. Segundo a Eurocidade Chaves-Verín, “este ato representou uma oportunidade de partilhar experiências, procurar soluções para problemas comuns e facilitar novas vias de cooperação”.

Este encontro também serviu para “consolidar que os projetos promovidos pelos AECT’s reforçam a identidade comum contribuindo para promover o desenvolvimento da cultura e do turismo. Por outro lado, em termos de inovação, a cooperação promovida por estes agrupamentos contribui para a utilização eficiente de recursos materiais e humanos nestas regiões”.

Foram ainda apresentados projetos, na qual a Eurocidade participou, que promovem sinergias institucionais, empresariais e pessoais, traduzindo-se em mais desenvolvimento sustentável e numa melhor qualidade de vida nos territórios onde a fixação da população é um dos principais desafios. Destacou-se ainda a importância dos programas INTERREG para as atividades e financiamento dos AECT’s Ibéricos. 

O AECT Chaves-Verin expôs as atividades e projetos que foram apresentados ao programa INTERREG Espanha Portugal 21-27 e que fazem parte do eixo de inovação “Eurocidade Investe” previsto no Plano Estratégico Eurocidade 2030, apresentado no passado mês de abril. Dentro dos projetos foram destacados o Incubtrans e o TransfireSaúde.

Deste encontro é ainda possível destacar algumas conclusões importantes. Os acontecimentos desde o último encontro de AECT’s, em 2019, especialmente a pandemia da COVID-19, vieram realçar o papel das regiões fronteiriças da UE e dos seus 150 milhões de habitantes que materializam o espírito mais genuíno da União Europeia.

Muitas das regiões transfronteiriças são, ao mesmo tempo, periféricas. Este fator acaba por ser “penalizador” tornando os desafios, que têm de enfrentar, mais árduos. Neste sentido, as instituições devem trabalhar para superar estes obstáculos, necessitam ter conhecimento do terreno e capacidade de atuar como união entre administrações, tanto em diferentes níveis como de diferentes países. Neste aspeto, foi reiterada a importância  dos  AECT’s, tal como a Eurocidade, como ferramentas para liderar iniciativas que contribuam para o desenvolvimento destes territórios através da colaboração entre instituições e agentes locais.

O Encontro de Agrupamentos Europeus de Cooperação Territorial da Península Ibérica terá uma próxima edição em 2025.