CANTO CURTO - OPINIÃO DE SEBASTIÃO IMAGINÁRIO

Os “Valentes Transmontanos” bateram pela quarta vez na sua história o Benfica (na época 87/88 1-0 golo do então menino Júlio Sérgio de grande penalidade; na época 91/92, 1-0 golo de Rudi , na época 96/97, 3-1 com golos de Miner, Dani Diaz e Milinkovic e Jorge Soares pelo Benfica e esta com golo de Abass) e confirmaram definitivamente, se dúvidas ainda existissem, que na próxima época vão permanecer entre a nata do futebol nacional.

Expressar antes do mais a forma desportiva como o mesmo decorreu dentro e foras das quatro linhas, apesar de haver adeptos misturados nas bancadas, aqui, parece-me, sem qualquer responsabilidade da Administração. Um comportamento que deveríamos ver repetido em todas as semanas.

Elogiar também a SAD pela organização do jogo, sobretudo pela preferência dada aos sócios e aos portadores do cartão “Eu sou Valente Transmontano” na aquisição do respetivo ingresso aqueles e a estes um bilhete extra. No fundo, foi premiar a fidelidade daqueles que, por regra, estão sempre presentes. Uma política que deve continuar no futuro.

Mesmo assim, ainda houve reclamações, mas será bom recordar que só tem uma bancada assegurada quem é possuidor do cartão “Eu sou Valente Transmontano” os sócios não, porquanto o não são de um local específico. Enfim, não se pode agradar a todos!

Por outro lado, todos deverão concluir que só existem vantagens em ser sócios do grande embaixador da região.

Quanto ao jogo:

 O Benfica chegava a Chaves bastante ferido depois de duas derrotas, pelo que queria dar uma resposta convincente. Só que, pela frente encontrou uma equipa muito organizada, compacta, solidária, que tem bons princípios de jogo e que joga bem. Ora, a máquina trituradora do alemão Roger Schmidt sofreu areias na sua engrenagem e nunca foi capaz de exibir-se ao nível do que já fizera esta temporada. Mérito, muito mérito para os comportamentos da nossa equipa. 

O provável futuro campeão nacional teve mais posse de bola, mas as melhores oportunidades foram nossas. Recordo que Juninho esteve isolado e obrigou Vlachodimos à defesa da tarde. 

Também não deixa de ser verdade que nestes jogos com equipas de maior qualidade é necessário ter uma pontinha de sorte e nós tivemo-la. Mas nunca fomos uma equipa exclusivamente virada para o processo defensivo, também fomos à procura da felicidade.

Naturalmente que as armas eram e são diferentes. No entanto, o nosso carro utilitário foi suficientemente capaz de emperrar o bólide top de gama do Benfica.

 Há uma grande diferença de qualidade individual, pelo que tínhamos que ser uma equipa forte coletivamente e foi isso que aconteceu, apesar de Paulo Vítor, os centrais e Guima terem feito excelentes exibições. Mas o grande trunfo foi a força coletiva!

Vergonhoso e de lamentar o título do jornal desportivo a “Abola” na primeira página de 16 de abril. Todos sabemos que as opções editoriais dos jornais desportivos estão conotadas com um dos três grandes, mas não me lembro de tamanha vassalagem. Compreende-se uma primeira capa destas num jornal de um clube, agora num jornal que se diz independente… Não seria mais bonito realçar os méritos, e foram muitos, do conjunto de Vitor Campelos? Enfim, porque não colocaram uma capa idêntica após o empate em Guimarães onde existiu unanimidade num penalti não assinalado a favor do Vitória? Ou ainda mais recentemente quando o Benfica foi beneficiado em Vizela?

Mais: o lance é assim tão evidente? Parece que não, pois não há unanimidade entre os experts da matéria. Alguém se lembra de ver o protagonista do lance (Otamendi) a reclamar?

Pessoalmente partilho a opinião daqueles que defendem não ter existido qualquer infração para penalti. Não por ser o Chaves, mas pela análise feita ao lance.

2) Parabéns aos juniores do Desportivo de Chaves pela subida de divisão. Agora, é tentar o título nacional!