Seminário deu a conhecer os vinhos que ‘casam’ com outros produtos endógenos do território

“Entre Vinhas, Águas e Sabores: Território, Inovação e Sustentabilidade na Enogastronomia” foi o tema escolhido pela Escola Superior de Hotelaria e Bem-Estar do IPB para um seminário que reuniu nas instalações provisórias desta escola superior enólogos, sommeliers, chefs de cozinha, produtores locais, alunos e professores desta instituição de ensino superior e da Escola Profissional de Chaves.

O seminário de reflexão, partilha e valorização da Enogastronomia, destacou a importância da inovação, da sustentabilidade e da riqueza dos recursos endógenos da região do Alto Tâmega e Barroso.

A sessão de abertura do evento contou com a presença de Maria José Alves, Presidente da Comissão Instaladora da ESHB, do Presidente da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz, e do Presidente do IPB, Orlando Rodrigues que destacou a importância e o crescimento do setor turístico e hoteleiro em Trás-os-Montes.

“Todos os indicadores apontam que poderemos ter aqui um crescimento muito acentuado do Turismo na nossa região, pelas características únicas que temos, pela qualidade do nosso ambiente, dos nossos produtos e portanto, para alavancar este crescimento que temos, certamente precisamos de inovar, de qualificar pessoas e uma Escola de Hotelaria aqui, com uma especialização no Bem-Estar como a nossa, no Alto Tâmega é absolutamente fundamental neste ecossistema de Trás-os-Montes que precisa de potenciar o turismo”.

O Seminário foi dividido em dois painéis: um sobre ‘Enogastronomia como Património Vivo: Sabores que Constam Histórias’, onde discursou Amílcar Salgado, da Quinta de Arcossó, o Chef Vítor Adão, do Plano Restaurante e o Sommelier António Gonçalves do G Pousada Restaurante e o segundo painel sobre ‘Sustentabilidade à Mesa: Desafios e Caminhos para o Futuro’ com o contributo de Fernando Morais do Six Senses e do Chef Vítor Hugo, do Biclaque-Pena Park Hotel.

Durante a manhã decorreu ainda uma mesa redonda sobre ‘Enogastronomia 360º: Investigação e Inovação’ moderada por Bebiana Monteiro do Instituto Politécnico do Porto, e com a participação de Jorge Alves da Quanta Terra, de Rafaela Guimarães do Laboratório Colaborativo AquaValor e de Nelson Felix da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril.

No período da tarde foram realizados três workshops com os diferentes produtos endógenos do território como vinhos, águas, batata frita, folar, pastéis de Chaves, queijo, mel, entre outros.

OBRAS DA RESIDÊNICA “ESTÃO A CORRER BEM”

Questionado sobre as obras para a criação de uma residência, que terá capacidade para albergar 120 alunos, e o Campus Universitário, em Outeiro Seco, o Presidente do IPB, adiantou que as obras estão a correr bem e devem ficar concluídas no segundo semestre do próximo ano.

“As obras da residência estão a correr bem. O Município de Chaves doou-nos, aqui, um espaço fabuloso e, portanto, fizeram aqui um esforço muito grande de juntar muitas parcelas e doaram um espaço magnífico de cerca de oito hectares. Neste momento, a obra da residência está em construção, com um ligeiro atraso de dois ou três meses, e, portanto, esperemos que ela seja concluída em breve, pelo menos, enfim, em condições de acolher alunos, não no primeiro semestre do próximo ano letivo, mas esperemos que no segundo”, frisou Orlando Rodrigues que disse ainda estar praticamente concluído o projeto para a nova escola.

“Temos o projeto praticamente concluído da nova escola, procuraremos lançá-lo, viabilizar financeiramente e lançar logo que possível. Temos também concluído o projeto de ordenamento do Campus, enfim, que de resto valorizará muito, sob o ponto de vista urbanístico e arquitetónico, aquela zona da cidade. O projeto de ordenamento prevê também a instalação de um parque de Ciência e Tecnologia, para a instalação de empresas, inovação de empresas, etc.”, concluiu.

Sara Esteves

Fotos: Carlos Daniel Morais