MONTALEGRE: Fuzileiros tentam resgatar aeronave da Barragem do Alto Rabagão

O Corpo de Fuzileiros Navais está a tentar retirar do fundo da albufeira uma aeronave, com duas toneladas, que tombou há mais de 25 anos na Barragem do Alto Rabagão em Montalegre. Na operação de resgate estão envolvidos 15 militares, oriundos de várias unidades, e outras entidades como a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Fundação Parley for the Oceans e o Município de Montalegre.

A aeronave caiu há 25 anos devido a um problema hidráulico que a impediu de realizar a aterragem em segurança no aeroporto designado na altura. Os pilotos terão optado por completar uma amaragem à barragem, que não correu como desejado, e a mesma foi ao fundo. Os pilotos foram extraídos em segurança e agora tenta-se a retirada da aeronave, uma vez que, com o baixar do nível da água “existem condições propícias para extrair a mesma e não acontecer um detrito”, explicou Fernando Batista, Comandante do Corpo de Fuzileiros Navais.

A equipa multidisciplinar é constituída por um grupo de mergulhadores da armada, um grupo de operacionais de drones para mapeamento aéreo e operadores de embarcações.
Dividida em quatro fases, esta operação vai já na segunda etapa que consiste na identificação da localização exata da aeronave. Para isso, os fuzileiros estão a usar um pequeno robot que permite fazer sondas, na parte submersa da albufeira, e um sonar que detetará pequenos obstáculos.

Daniela Coutinho é representante da Fundação Parley e refere que já colaboram com a Marinha há alguns anos .“Temos vindo a promover a educação para os oceanos e a sustentabilidade dos mesmos e não tenho qualquer dúvida que esta operação irá correr bem”, acrescentou.

“Na preparação desta operação tivemos o testemunho de pessoas que se recordam deste acidente, os bombeiros têm esse relatório das duas vítimas que vieram resgatar e temos sobretudo o dono da aeronave que está connosco nesta missão”, disse David Teixeira, Vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre.

Sem data prevista de conclusão, o Corpo de Fuzileiros Navais garante que inicialmente a missão é tentar localizar a aeronave acidentada.