REGIÃO: “Condições atmosféricas adversas não explicam todos os desenvolvimentos que em matéria de incêndios têm ocorrido” diz a DORVIR do PCP

Na mesma nota sobre os incêndios que ocorreram nos últimos dias nos concelhos de Chaves, Murça, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar, a DORVIR realça que este conjunto de incêndios “exige um reforço adicional e imediato de meios de combate aos incêndios (…) e medidas adequadas”.

A Direção da Organização Regional de Vila Real do PCP refere ainda que o Governo tem remetido “para os pequenos proprietários a responsabilidade da prevenção de incêndios, numa atitude profundamente injusta do ponto de vista económico e social”, sendo que “as razões de fundo para a gravidade destes incêndios estão na falta de vontade do Governo PS em dotar a política pública florestal com os meios humanos e técnicos necessários para o ordenamento e proteção da floresta, em conjugação com uma política de proteção civil, desordenada e desprovida de um sério investimento no apoio e no reconhecimento do papel central dos bombeiros. Por mais propaganda que o Governo e Presidente da República façam procurando responsabilizar as populações, tal facto não pode ser alterado”, lê-se em comunicado.

Esta direção regional termina a nota de imprensa a abordar a discussão do Orçamento de Estado para 2022 onde o PS “votou contra a proposta do PCP para aumentar o financiamento das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários (AHBV); contra a revisão do protocolo entre as AHBV, o INEM e a ANEPC de modo a cobrir os custos dos serviços prestados; contra o apoio de 70 milhões de euros em obras de manutenção e requalificação em quartéis; contra o acesso ao gasóleo verde, assumindo a designação de gasóleo de emergência, etc. Note-se ainda que o PS foi acompanhado pelo PSD várias vezes no seu voto contra. O PCP não desistirá de lutar por melhores condições para os Bombeiros Portugueses, nem de lutar por alterações urgentes à política florestal e agrícola, que permitam recuperar o ecossistema florestal e o seu potencial perdido, através de um ordenamento florestal e do território pautado pelos interesses nacionais e não pelos interesses dos grandes grupos económicos”.