CHAVES: Autarquia prepara medidas de contingência para a falta de água

A seca tem sido muita neste ano de 2022 e preocupa, um pouco por todo o lado, os autarcas que começam a preparar planos e medidas de contingência para fazer frente à escassez de água.
Em Chaves a água faz parte das grandes preocupações do executivo que prepararam uma campanha de sensibilização para que haja um maior compromisso por parte de todos para estimar este bem tão precioso.
Em algumas aldeias do concelho já está a ser feito o transporte pelos autotanques dos bombeiros para os depósitos que fornecem água às populações, mas Nuno Vaz diz que “mais importante do que a resposta da câmara e juntas, é a resposta individual e coletiva dos cidadãos”.
Em declarações à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal de Chaves afirmou que “em situações de maior exigência e criticidade” poderá vir a ser necessário “tomar decisões de racionar a utilização da água”, restringindo o acesso em determinados períodos do dia.
A água da rede pública é fornecida pela empresa Águas do Norte, através da barragem do Alto Rabagão, e de dezenas de sistemas autónomos, como nascentes e furos artesianos, sendo estes geridos pelas juntas de freguesias.
O nível da água da albufeira do Alto Rabagão (Pisões), em Montalegre, desceu cerca de 30 metros e está com cerca de 20% da sua capacidade de armazenamento, mas Nuno Vaz referiu que “o impacto é tremendo. No entanto, a entidade que faz a gestão, a Águas do Norte, tem-nos transmitido uma mensagem de tranquilidade e de que nos próximos dois anos haverá capacidade suficiente para garantir o fornecimento de água às respetivas populações tendo em conta as médias de consumo dos últimos anos”, mas deixou o alerta. “Se a água tratada for destinada exclusivamente a estas finalidades (consumo humano, confeção de refeições e higiene pessoal) seguramente teremos capacidade para garantir a água, mas se for usada para, por exemplo, rega de jardins, de hortas, lavar viaturas ou pavimentos, então ela será manifestamente insuficiente”.