Barros Guerra

Barros Guerra

 01/04/2025



    O mês da Esperança

    Há quem atribua a março por, no seu adágio, revelar um certo desconforto, por propor e citar-se «manhãs de inverno e tardes de verão» …!

    Este ano, não foi tanto assim…quis-nos dar a volta e mostrar o exagero do adágio, oferecendo-nos uma alteração ao tempo que fez.

    Seja assim, mas não deixa, apesar disso, de ser um mês de esperança! Por tudo e mais alguma coisa, ele sorri num alongado tempo, mais ameno, mais terno ao contemporizar com umas melhorias nas temperaturas.

    Neste pormenor faz gala e arremedo ao inverno, ao apresentar, para nosso conforto, alegria e felicidade, certas alterações a fazer inveja.

    Encanta-nos, de momento, o verde, verde dos prados, que nas suas subidas montanhosas e pelos seus declives deslizam aos trambolhões regos de água para matar a sede aos campos ou acolher-se aos ribeiros, ao tempo, tumultuosos e desabridos. Ganharam essa fúria no inverno e ainda a mantém, por algum tempo.

    As árvores, nas suas copas, toucam-se de vários tons de verde, para de seguida, algum tempo mais, enrouparem dum colorido extraordinário!

    E pelos ares? Esvoaçam e chilreiam em bando a passarada num alegre convívio, desafiando-se em ousadias, dando alegria à natureza.

    É tudo isto a primavera a chegar e a demonstrar o seu anúncio.

    Se há um encanto, se se revela pela sua agradabilidade, especificado em tom feminino, com graça a proporcionar um festejo, é devido ao saudar o Dia da Mulher! Tão preciso e necessário para ser reconhecido por todos, pois o seu valor, como mãe, não tem comparação; pena é que a estultícia de muitos leve a violentá-las, sem pensarem que o adágio devia ser e estar sempre presente, porque ao atraente e desperto feminino: «nem com uma flor se deve bater…»!

    Festejar, lembrando o dia, é pouco; pois elas fazem parte do género humano e também concorrem aos trabalhos em pé de igualdade com o homem. Só que no «paguito» e outras benesses devidas ao homem, continuam em pé de desigualdade…bastava só o amor que ela irradia, como mulher e mãe, para sublevar a tudo e a todos. Quando se lhes fará a devida justiça? Debate-se, nos grandes centros, fomentam-se queixumes com desabafos de grandes alaridos, para sempre cairmos no mesmo rame, rame…

    E o amor não surge só no feminino, também no homem, como o de pai; se enaltece e se regozija também neste mês.

    A 19 brinda-se a ele, pois a ele se deve e compraz, como coautor da família, as maiores venturas e respeito para levar a cabo tão ingente dever, o de ser Pai. E nesta Instituição Sénior fez-se gala de tão nobre figura, não a esquecendo, antes a recriando com um festim a que não faltaram palavras incentivadoras e apropriadas ao tema.

    O mês da esperança continua em abril, pela celebração da Páscoa, mês da renovação para muitos crentes sendo a esperança a proporcionar e a criar religiosamente tão ricos expoentes marcantes. Assinalamos também, neste mês, o Batismo da nossa querida amada e familiar Kiara.

    (este artigo de opinião é da inteira responsabilidade do autor)


    01/04/2025

    Barros Guerra