Carlos Veras

Carlos Veras

 25/03/2025



    COMO (NÃO) VAI 0 “MUNDO” DO GRUPO DESPORTIVO DE CHAVES

    A SAD, O CLUBE E ASSEMBLEIA “MADE IN CHICAGO”!

    A SAD…

    Ao vencer a UD Oliveirense, a equipa do Grupo Desportivo de Chaves-Futebol SAD ascendeu ao segundo lugar do campeonato da Liga de Portugal 2, que, caso consiga manter até final da época, lhe permitirá ascender, de novo, à I Liga.

    Claro que esta boa posição constitui grande e agradável surpresa, já que, conforme referi várias vezes, nem em sonhos se esperava tanto, tendo em conta todas as vicissitudes que envolveram a equipa desde o início da época, o que só abona em favor da equipa técnica e dos jogadores.

    Caso os valentes transmontanos vençam os próximos dois jogos – Paços de Ferreira e Vizela -, então sim, poder-se-á dizer que o Desportivo de Chaves é realmente candidato à subida.

    …A EQUIPA B…

    Mantém indícios de quebra preocupante. Vencer em Fontelas como venceu não é bom sinal e nem a vitória folgada sobre o Santa Marta, desmente essa quebra.

    …E O CLUBE E A ASSEMBLEIA GERAL “MADE IN CHICAGO”

    As contas do Desportivo relativas à época de 2023/2024, foram, finalmente apresentadas (apenas alguns meses de atraso…) e a assembleia geral para aprovação das mesmas teve que ser dividida em duas sessões porque, na primeira, não havia contas!!!

    Aconteceu que, para surpresa de todos nós, a segunda parte decorreu no Hotel S. Francisco ou seja em casa própria, onde muitos associados nem sequer admitiram estar presentes, por razões óbvias, tendo estado, em contrapartida, toda a SAD, funcionários e diretores e mais dois sócios, “estranhos” à estrutura, mas amantes do Desportivo, que, por essa razão, votaram contra as referidas e malfadadas contas, cujos valores finais não foram anunciados pelo “apresentador” das mesmas, Bruno Carvalho, apesar do responsável (Rui Martins) estar presente.

    No final da assembleia perguntei, por curiosidade, a dois silenciosos associados que estiveram sentados à minha frente, o que tinham votado e que valores, tendo recebido como resposta que ninguém falou nos números e por isso eles não sabiam…o que tinham aprovado!

    Mas a minha surpresa e estupefação não acabou ali, pois foi-me relatado que uma jornalista se dirigiu à funcionária do Clube que estava a registar os associados presentes, a perguntar se podia assistir à assembleia, tendo-lhe a mesma referido que teria que pedir autorização à pessoa que estava sentada ali ao lado, à entrada da porta, pessoa essa que não só autorizou a entrada da jornalista como ainda, pasme-se, lhe ofereceu o seu cartão de votante, dizendo-lhe para voltar por ele, ao que a jornalista respondeu que era jornalista e por isso não podia votar! Dá para perceber em que mãos está o nosso Desportivo?

    Mas a história não acabou aqui, já que o comportamento na votação foi humilhante, especialmente dos elementos da Mesa da Assembleia, que se “esqueceram” que a sua principal e única missão é defender os superiores interesses do GRUPO DESPORTIVO DE CHAVES, coisa que não fizeram, tal como o não têm feito em anos anteriores. Pode ser que um dia mais tarde, os associados e, quiçá o Ministério Público, lhes façam lembrar.

    Em suma, a assembleia fez-me recuar um século e rever cenas do filme O PADRINHO, na então violenta cidade de Chicago, só que neste caso, não havia metralhadoras, havendo apenas temor e desdém, dado o cariz intimidatório originado pelo local da realização. Até me dá “comichão” constatar que em pleno século XXI e em Trás-os-Montes, ainda haja destes casos cabeludos.

    PS:- Já agora e a título de informação, lembro que a autoridade máxima numa assembleia é o Presidente da mesma, independentemente do local onde ela decorra. Lembro ainda que na eleição dos corpos gerente, cada associado vale apenas um voto, daí ser vergonhoso o número de votos que têm sido anunciados nas últimas eleições. Por último, mais uma época perdida na formação. O nosso Desportivo continua a perder com todos…

    (este artigo de opinião é da inteira responsabilidade do autor)


    25/03/2025

    Carlos Veras