PS de Vila Pouca de Aguiar exige esclarecimentos sobre alegada ação judicial

O Presidente da Concelhia do Partido Socialista (PS) de Vila Pouca de Aguiar, Pedro Crespo, exige “esclarecimentos urgentes” sobre eventual ação judicial alegadamente interposta por uma empresa de engenharia e construção contra a Inovaguiar, entidade que o PS refere que foi criada no âmbito de uma parceria público-privada, aquando da construção do Complexo Desportivo de Vila Pouca de Aguiar e do Pavilhão Desportivo de Pedras Salgadas.

Segundo a Concelhia do partido, o PS de Vila Pouca de Aguiar apresentou, no dia 27 de junho de 2025, um requerimento formal à Mesa da Assembleia Municipal, “a solicitar esclarecimentos urgentes e detalhados sobre a eventual existência de uma ação judicial, no valor aproximado de 3,5 milhões de euros, movida pela empresa ABB contra a INOVAGUIAR”, lê-se no comunicado enviado pela Concelhia do partido que afirma ainda que o Município aguiarense detém 49% do capital social desta entidade público-privada.

Diz o PS que, este pedido “foi motivado pela ausência de qualquer referência a este processo na listagem de Processos Judiciais em Curso apresentada pelo Executivo Municipal na última reunião da Assembleia Municipal” e “perante esta omissão”, entende o partido questionar a Presidente da Câmara Municipal, Ana Rita Dias, a “razão porque este processo não consta da informação oficial apresentada dos eleitos municipais” e “qual é o conteúdo e o fundamento da eventual ação judicial, e qual o valor financeiro efetivamente em causa”, questiona o Presidente da Concelhia.

Pedro Crespo quer ainda uma explicação quanto ao “surgimento desta ação judicial mais de 12 anos após a conclusão das referidas obras, realizadas durante o mandato do anterior “, liderado por Domingos Dias.

Na mesma nota, a Concelhia socialista refere que foi exigida uma resposta por escrito, no prazo de 10 dias úteis, mas que a Presidente da Câmara, terá recusado prestar esclarecimentos, “alegando que a ação judicial em causa é dirigida à empresa e não ao Município”.

Para o PS, esta resposta “é considerada politicamente inaceitável, tendo em conta o impacto financeiro da ação sobre uma empresa em que o Município detém quase metade do capital. Considera-se ainda mais grave o facto de a situação ter sido deliberadamente ocultada dos eleitos municipais e da população”, termina por dizer o partido no mesmo documento.

O Canal Alto Tâmega tentou entrar em contacto com Ana Rita Dias, Presidente da Câmara Municipal, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.

Foto: DR


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30/06/2025

Sociedade

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