Superfície comercial aposta em formação de Desfibrilhador Automático Externo

Com formação dada pelos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar, a equipa de colaboradores da superfície comercial fica dotada de procedimentos a realizar no caso de uma paragem cardiorrespiratória.

A existência de um Desfibrilhador Automático Externo (DAE) é uma realidade a que cada vez mais empresas estão atentas, já que pode fazer a diferença entre salvar, ou não, uma vida. O DAE é “um equipamento utilizado na paragem cardiorrespiratória (PCR) e que tem como função aplicar uma carga elétrica no tórax” tendo como objetivo “reverter a paragem cardíaca” já que consequentemente “o coração volta a contrair e bombear sangue para o corpo, nomeadamente, para o cérebro e coração”, explica o Serviço Nacional de Saúde.

Para António Pedro Santos, diretor desta superfície comercial, esta formação ministrada pelos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar “coincidiu com a nossa ideia de que poderíamos acrescentar algo em benefício dos clientes e dos próprios colaboradores e, assim, quem frequenta o Intermarché está salvaguardado.” O responsável pelo supermercado acredita que “fazer uma formação a uma equipa de colaboradores que estão preparados, a qualquer momento a dar resposta, foi aquilo que nos moveu e aquilo que nos motiva. Espero que nunca venha a ser necessário, mas se vier a ser, já teremos resposta e ficamos muito satisfeitos por isso.”

Hugo Silva, Comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar, explica que é uma formação de um dia, com sete horas lecionadas e “consiste em pessoas sem grande formação base conseguirem, com esta formação simplificada, operar um desfibrilhador e fazer suporte básico de vida”. Relembra ainda que “um desfibrilhador se for usado atempadamente numa paragem cardiorrespiratória pode fazer a diferença e salvar uma vida”.

A iniciativa faz parte de um projeto dos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar que pretende implementar programas locais de instalação de DAE. Nestes programas, contactam grandes empresas, instituições, lares ou centros de dia e propõem a formação que, na opinião do Comandante Hugo Silva, “devia ser uma formação obrigatória nas escolas”. Para o Comandante, deve ser dada relevância a este tipo de formação já que “todos nós somos proteção civil e temos a missão de salvar pessoas”. Diz ainda ser essencial que a comunidade consiga “identificar precocemente uma paragem cardiorrespiratória e que se consiga fazer suporte básico de vida e, se possível, ter ao dispor um desfibrilhador. Quando as equipas chegam ao local, o trabalho base já está a ser feito e é muito mais provável salvar a vida”.

Uma outra questão colocada em cima da mesa é a distância de algumas aldeias do centro da vila. O Comandante da Corporação de Bombeiros relembra que “se uma pessoa em paragem cardiorrespiratória estiver à espera 10 ou 15 minutos por uma ambulância, a probabilidade de sobrevivência é quase zero”. Por isso, fala do trabalho conjunto com as Juntas de Freguesia destas localidades mais remotas com o intuito de as pessoas terem esta formação porque, acredita Hugo Silva, “faz efetivamente a diferença”.

Para o diretor da superfície comercial, António Pedro Santos, a colocação do DAE nas instalações e a formação da sua equipa de colaboradores “é mais uma ajuda que está próxima e pode salvar vidas” na comunidade da vila, e incita outras empresas à sua realização “numa zona onde a faixa etária das pessoas é muito elevada e onde nós sabemos que as soluções médicas são, infelizmente, mais escassas. A ideia dos Bombeiros e a nossa iniciativa acaba por ser positiva e devia, obviamente, ser replicada”.

 

Ângela Vermelho

Fotos: Intermarché Vila Pouca de Aguiar


Partilha Facebook-
13/02/2025

Sociedade

partilha facebook