ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro implementa técnica de fluorescência para aumentar a segurança do ato cirúrgico

Durante o ano de 2025, a Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro estima que 200 doentes venham a beneficiar desta técnica, na área colorretal.

O Serviço de Cirurgia Geral da Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD) iniciou a utilização de uma nova técnica com fluorescência, que reforça a segurança em diversos tipos de cirurgias, em especial na área colorretal, anunciou hoje o Conselho de Administração.

Segundo a ULSTMAD, “trata-se da administração endovenosa de um corante (verde de indocianina) no doente, de forma a auxiliar o cirurgião na avaliação e melhor visualização do mapa vascular, permitindo diferenciar a zona vascularizada da não vascularizada, de uma forma simples e eficaz”.

Este procedimento, ao identificar a zona mais favorável para a realização da anastomose, união de dois segmentos intestinais, “potencializa o êxito cirúrgico, reduzindo as complicações pós-operatórias”, explica esta Unidade Local de Saúde.

De acordo com Rita Marques, cirurgiã coordenadora da equipa de Cirurgia Colorretal da ULSTMAD, este procedimento “permite avaliar, com maior precisão, a perfusão dos tecidos na anastomose, ou seja, quando unimos dois segmentos intestinais, esta técnica permite visualizar a tonalidade verde viva nas zonas bem irrigadas, diferenciando-as das que têm menor fluxo sanguíneo."

Também Ricardo Pereira, da equipa de cirurgia, acrescenta citado em nota enviada, que com esta técnica “há uma redução clara de complicações, nomeadamente o risco de deiscência, isto é, a separação dos componentes da anastomose, o que pode levar à formação de abcessos, a reinternamentos, e ao maior uso de antibióticos, ou em casos extremos, à morte, com as devidas repercussões clínicas e financeiras."

A Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro estima que 200 doentes venham a beneficiar desta técnica, na área colorretal. Esta técnica “confere maior segurança no ato cirúrgico, permitindo avaliar em tempo real a irrigação dos tecidos e reduzir complicações pós-operatórias. Só por si, possibilita uma melhor avaliação da zona para a perfusão dos tecidos, o que é essencial para diminuir a morbilidade e mortalidade. Trata-se de um avanço significativo na melhoria da qualidade dos cuidados de saúde que prestamos aos nossos doentes”, apontou também João Pinto Sousa, Diretor do Serviço de Cirurgia Geral da ULSTMAD, citado numa nota enviada.

A Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro integra três unidades hospitalares e 21 centros de saúde da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

 

Sara Esteves

Foto: ULSTMAD


Partilha Facebook-
07/01/2025

Sociedade

partilha facebook