Dispositivo de Combate a Incêndios na Região mais robusto

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) de 2024 no Alto Tâmega e Barroso conta com 414 operacionais, três helicópteros ligeiros e mais um posto de abastecimento de água em relação ao ano anterior.

Na região Alto Tâmega e Barroso os meios foram já reforçados para a fase de maior empenho deste dispositivo, que iniciou a 1 de julho, e onde estão disponíveis 414 operacionais até 30 de setembro. No que respeita ao dispositivo aéreo de combate a incêndios, o território conta com três helicópteros ligeiros: dois em Chaves e um em Ribeira de Pena, com um raio de ação de 40 quilómetros.

Este ano, e segundo o Comandante Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Tâmega e Barroso, Artur Mota, a região ganhou mais um posto de abastecimento de água que fica localizado na barragem do Alto Tâmega.

“Entre as melhorias podemos destacar a disponibilidade de meios de asa fixa os aviões mais próximos e condições do ponto de água da barragem da albufeira do Alto Tâmega para podermos abastecer”, disse Artur Mota, salientando que em anos anteriores existiram dificuldades de abastecimento em barragens dada a cota de água muito baixa.

Na Sub-região do Alto Tâmega e Barroso estão disponíveis meios das Associações Humanitárias e dos Corpos de Bombeiros Voluntários, num total de 11 corpos de bombeiros com uma Base de Apoio Logístico no parque industrial de Chaves, com 26 elementos de Comando, 529 Operacionais Quadro Ativo e 20 Equipas de Intervenção Permanente. Sendo que na fase Delta de 1 de julho a 30 de setembro, a região conta com 209 elementos e 46 equipas.

Quanto à cobertura de meios aéreos, o Dispositivo Aéreo de Combate a Incêndios do Alto Tâmega e Barroso conta com sete helicópteros ligeiros: Chaves (2), Ribeira de Pena (1), Arcos de Valdevez (1), Fafe (1), Vila Real (1), Alfândega da Fé (1); dois helicópteros pesados (Kamov) Braga (1) e Macedo de Cavaleiros (1). Quanto a aviões bombardeiros médios existem em Vila Real, Mirandela e Viseu.

No que toca aos meios afetos ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) a região conta com 32 equipas de sapadores florestais e duas brigadas de Sapadores Florestais. Estão disponíveis ainda outros meios de mobilização de âmbito nacional com Equipas de Gestão de Fogo Rural (GFR), Força de Sapadores Bombeiros Florestais (FSBF) e meios da Unidade Nacional de Máquinas (UNM).

A região conta com 17 postos de vigia: 6 de natureza primária (abertura em 05 maio) e 11 secundária (abertura 01 julho). Quanto aos Meios Afetos à Guarda Nacional Republicana (GNR) existem da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) 43 militares (19 em Ribeira de Pena e 24 em Chaves) e 8 veículos (4 em Ribeira de Pena e 4 em Chaves). Do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente existem 69 pessoas e 31 viaturas e motos. Do Comando de Vila Real da Polícia de Segurança Pública existem quatro efetivos e um veículo.

Quanto ao Dispositivo de Máquinas de Rastos a acionar pelos seis municípios da região existem 22 máquinas inventariadas, sendo que uma é do ICNF com mobilização nacional.

 

COMANDO SUB-REGIONAL: EM TERMOS DA HOMOGENEIDADE DE ATUAÇÃO “ESTÁ MELHOR”

Uma das maiores mudanças do sistema de Proteção Civil aconteceu no início do ano de 2023 com o fim dos 18 comandos distritais de operações e socorro (CDOS), que foram substituídos por 24 comandos sub-regionais. A mudança do sistema de Proteção Civil de uma estrutura distrital para um modelo sub-regional, prevista na lei orgânica da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, é vista com bons olhos. Artur Mota, Comandante Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Tâmega e Barroso, considerou que esta nova forma de trabalhar apresenta “vantagens”, uma vez que “gerimos uma parcela/área mais pequena e homogénea”.

“Quando era distrital tínhamos a parte do Douro e do Alto Tâmega. O Alto Tâmega é uma sub-região muito homogénea em termos do risco, e os nossos riscos são os incêndios florestais e o Douro tem outras preocupações, por exemplo como a vinha”, apontou frisando que em termos da homogeneidade de atuação “está melhor”.

 



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16/07/2024 Jornalista: Sara Esteves Repórter de imagem: Carlos Daniel Morais

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