Presidente da Câmara considera um ato de justiça territorial o fim das portagens na A24

O presidente da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz, disse que se fez justiça com a aprovação, na generalidade, do projeto de lei do PS para eliminar as portagens nas ex-SCUTS, referindo-se à A24 e espera que esta não seja “uma falsa partida”.

Para o socialista que preside à autarquia de Chaves, a decisão de abolir as portagens nas ex-SCUTS, nomeadamente na A24, que liga Chaves a Viseu, vem repor “uma injustiça cometida há muitos anos”, tratando-se de " um ato de justiça territorial" que vai favorecer a mobilidade da população, a economia e o turismo desta região.“um ato de justiça territorial” que vai favorecer a mobilidade da população, a economia e o turismo desta região.

“Que esta decisão, tomada pela Assembleia da República, e que colheu votos de todas as bancadas, à exceção do PSD e do CDS que votaram contra, permita ter já em 2025 no terreno, uma decisão para que todos possam circular na A24 sem qualquer pagamento. Isso é, na minha perspetiva, uma reposição de uma injustiça, mas é também um fator importante de coesão territorial e acredito que também, um incremento fundamental na nossa atração em termos turísticos e económicos”.disse o autarca flaviense ao Canal Alto Tâmega.

Nuno Vaz salientou que a imposição de uma taxa nas antigas SCUTS sempre foi “um obstáculo ao incremento do turismo”.

“Os galegos e os espanhóis em geral, têm esta dificuldade. Quando querem visitar o nosso território têm sempre a questão se pagam, como e onde pagam. (…) por outro lado, para os empresários será uma excelente decisão porque temos combustíveis elevados, e se de facto esta despesa for removida é certamente um incremento à sua competitividade”, frisou o presidente do município de Chaves que apontou ainda benefícios no setor da saúde.

“As pessoas que têm que se deslocar de Chaves a Vila Real certamente que vão agradecer, mas acho que as pessoas em geral vão aplaudir esta decisão".”.

O autarca socialista disse ainda que a medida já deveria ter sido removida há mais tempo, apesar de desde 2015 ter vindo a ser desagravada, e espera que não seja "uma falsa partida".“uma falsa partida”.

“É verdade que tem um custo que será suportado pelo Orçamento de Estado, mas acredito que é necessário, adequado, proporcional e justo. Claramente o que precisamos é de medidas de discriminação positivas e esta era uma medida de discriminação negativa, que já durava há tempo demais e em boa hora, ela aconteceu. Esperemos agora que seja concretizada. Na qualidade de autarca, mas também de cidadão, 2025 ainda parece muito longe e, portanto, esperemos que não se mudem os planos e que fique firme e possamos usufruir desta vantagem que é uma das poucas que tivemos nos últimos anos”. terminou por dizer.

A proposta do PS, aprovada na quinta-feira, 2 de maio, pretende acabar com as portagens em sete ex-SCUTS, na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 -Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 — Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque. A medida foi aprovada com os votos a favor dos socialistas, Chega, BE, PCP, Livre e PAN.

A proposta tem, de acordo com os socialistas, um impacto orçamental de 157 milhões de euros e entrará em vigor em 1 de janeiro de 2025, segundo o projeto de lei do PS.


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07/05/2024 Jornalista: Sara Esteves Repórter de imagem: Carlos Daniel Morais

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