ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro com 10 vagas para médicos

Vagas foram abertas para fixar médicos em zonas carenciadas.

O Ministério da Saúde anunciou a abertura de 322 vagas com incentivos para fixar mais médicos nas zonas consideradas carenciadas, a distribuir por 25 Unidades Locais de Saúde. A Unidade Local de Saúde (ULS) de Trás-os-Montes e Alto Douro vai disponibilizar 10 vagas.

Segundo o despacho do Governo publicado em Diário da República, a 28 de março, a medida visa “reduzir as assimetrias que existem nas diferentes regiões, como as zonas periféricas e as zonas de maior pressão demográfica, que demonstram uma maior dificuldade na atração de novos profissionais”.

No documento lê-se ainda que esta medida “específica”, que procura dar incentivos a quem se fixar em zonas carenciadas, “contribui para a garantia do direito constitucionalmente consagrado de proteção à saúde, independentemente da condição social, económica e local de residência de cada cidadão”.

A tutela abriu 10 vagas para a Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro em nove especialidades (Gastrenterologia, Ginecologia/Obstetrícia, Hematologia Clínica, Medicina Física e de Reabilitação, Ortopedia, Patologia Clínica, Pediatria, Psiquiatria e Urologia).

Segundo o Governo, a abertura destas mais de 300 vagas vai possibilitar “reforçar a equidade no acesso à saúde em todo o território, atraindo mais profissionais para o Serviço Nacional de Saúde”, sendo que as vagas “vão levar mais médicos tanto para as zonas mais periféricas como para unidades em que a pressão demográfica também cria constrangimentos”. Um “reforço” que o Governo refere que se insere “na estratégia de valorização do SNS e dos seus recursos humanos, com um aumento de 47 vagas em relação a 2023”.

No resto do país foram identificadas 18 vagas para a Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho e do Estuário do Tejo, 17 vagas para a ULS de Leiria e do Oeste, 16 vagas para a ULS da Arrábida, da Lezíria, do Seixal, de Castelo Branco, de Loures-Odivelas, do Baixo Alentejo, do Litoral Alentejano e do Médio Tejo, 15 para a ULS da Cova da Beira, do Algarve e do Alto Alentejo, 11 para a ULS da Guarda, 10 para a ULS de Viseu Dão-Lafões, do Alentejo Central e do Nordeste, 8 para a ULS de Amadora/Sintra e de São José, 6 para a ULS de Santa Maria, 5 para a ULS de Lisboa Ocidental e 1 para a ULS do Baixo Mondego.

“O disposto no presente despacho aplica-se aos procedimentos de mobilidade e de recrutamento de pessoal médico iniciados a partir de 1 de janeiro de 2024”, refere o diploma, que explica que a definição de zonas geográficas qualificadas como carenciadas assenta em diversos fatores.

“Na percentagem do produto interno bruto (PIB) per capita, no número de trabalhadores médicos em função da densidade populacional abrangida pelo serviço ou estabelecimento de saúde e sua comparação com outros estabelecimentos do mesmo grupo, nos níveis de desempenho e, entre outras, na distância geográfica”.

O despacho foi assinado por Pedro Nuno Pereira de Sousa Rodrigues e Ricardo Jorge Almeida Perdigão, à altura Secretários de Estado do Tesouro e da Saúde, respetivamente.

A ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro, com sede em Vila Real, foi criada por integração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que agrega os hospitais de Vila Real, Chaves e Lamego, os Agrupamentos de Centros de Saúde do Alto Tâmega e Barroso, do Douro I – Marão e Douro Norte e do Douro II – Douro Sul. 


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03/04/2024 Jornalista: Sara Esteves Repórter de imagem: DR

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