Deputados do distrito de Vila Real já tomaram posse

Os cinco deputados eleitos pelo círculo de Vila Real, nas eleições legislativas de 10 de março, tomaram ontem posse na Assembleia da República (AR), na configuração do novo Governo.

Amílcar Almeida (Aliança Democrática) Jurista, Alberto Machado (Aliança Democrática) Professor, Fátima Pinto (Partido Socialista) Administradora, Carlos Silva (Partido Socialista) Funcionário Público e Manuela Tender (Chega) Professora foram os deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Vila Real à Assembleia da República na nova legislatura.

Amílcar Almeida, de 59 anos, que foi até esta tomada de posse presidente do Município de Valpaços foi primeiro candidato da AD por Vila Real, e Alberto Machado, de 58 anos, que suspendeu o mandato na Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, para integrar a AR, foi o número dois da Aliança Democrática, estreiam-se na Assembleia da República neste mandato. Já a flaviense Fátima Pinto, de 39 anos, número um do Partido Socialista por Vila Real, continua na Assembleia da República depois de ter sido deputada na última legislatura. Carlos Silva, de 59 anos, número dois do PS por Vila Real, deixou a vereação da Câmara Municipal de Vila Real e estreia-se enquanto deputado da AR. Por fim, Manuela Tender, 53 anos, número um do Chega por Vila Real, regressa à Assembleia da República depois de ter sido deputada na XII e XIII legislaturas pelo Partido Social Democrata entre 2011 e 2015, e posteriormente, entre 2015 e 2019, eleita pelo círculo eleitoral de Vila Real.

Os deputados assinaram pela primeira vez, após alterações ao regimento introduzidas na última legislatura, um termo de posse no qual afirmam que irão desempenhar fielmente as funções e “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”.

Com a tomada de posse desta terça-feira, para XVI legislatura, terminam os mandatos de Cláudia Bento e Artur Soveral Andrade, pelo Partido Social-Democrata, Agostinho Santa e Francisco Rocha (renunciou) pelo Partido Socialista. André Marques do PSD, que esteve como suplente, Carlos Martins e Susana Barroso ambos suplentes e do PS também terminam as suas funções.

Com a nova configuração da Assembleia da República, o BE fica com cinco deputados, o PCP fica com quatro deputados, o Livre com quatro deputados, o PS com 78 deputados, o PAN com um deputado, o PSD com 78 deputados, a IL com oito deputados, o CDS -PP com dois deputados e o Chega com 50 deputados.

Os trabalhos no Parlamento arrancaram com 95 deputados estreantes, 85 deputados que seguem para a segunda ou terceira legislatura, 42 deputados que terão pela frente o quarto ou quinto mandato e oito deputados que contam com oito ou mais legislaturas.

Pelo distrito de Vila Real, a AD elegeu dois deputados, mantendo o mesmo número das últimas eleições legislativas. Pelo mesmo círculo eleitoral, foram eleitos Amílcar Almeida e Alberto Machado.

O PS elegeu dois deputados por Vila Real, menos um que as últimas eleições legislativas. Foram eleitos Fátima Correia Pinto e Carlos Silva.

O Chega ganhou pela primeira vez um deputado, tendo sido eleita Manuela Tender, ex-deputada do PSD.

Com a suspensão de mandato de Amílcar Almeida, em Valpaços é António Medeiros, até agora vice-presidente, que assume a presidência da câmara. Já Alberto Machado apresentou, na reunião de câmara de 25 de março, o requerimento de suspensão de mandato autárquico por seis meses, e, em consequência, assumiu na terça-feira, 26 de março, a presidência Ana Rita Dias, até agora vice-presidente. Segundo a Agência Lusa, o requerimento apresentado por Amílcar Almeida não refere prazo para a suspensão de mandato. No final dos 180 dias da suspensão, os eleitos têm de optar se voltam ao cargo de deputado ou se renunciam ao mesmo.

A Aliança Democrática (AD), coligação entre PSD, CDS-PP e PPM, venceu as eleições legislativas de 10 de março com 28,83% dos votos e 80 deputados, o PS foi o segundo partido mais votado com 27,98% e 78 deputados. Em terceiro lugar, ficou o Chega, com 18,06% e 50 deputados, seguindo-se, em quarto lugar, a IL, com 4,94% e oito deputados. O BE é a quinta força política, com 4,36% e cinco deputados, e a sexta força política é a CDU (PCP e Verdes), com 3,17% do total e quatro deputados. Segue-se o Livre, também com quatro deputados e 3,16%, o CDS-PP com dois deputados e o PAN com uma deputada única 1,95%. As restantes onze forças políticas concorrentes não obtiveram representação parlamentar.

O líder do PSD, Luís Montenegro, foi indigitado primeiro-ministro pelo Presidente da República na quinta-feira, 21 de março. O Parlamento reuniu ontem para eleger o presidente da Assembleia da República. Após a derrota do social-democrata José Pedro Aguiar-Branco que concorreu sozinho, mas a maioria à Direita não se concretizou e o Chega travou a eleição, o partido de André Ventura indicou a deputada Manuela Tender para o cargo. O deputado do PS obteve 90 votos, tendo vencido a eleição parcial, em segundo lugar ficou Aguiar Branco com 88 votos, menos um do que obteve à tarde, e Manuela Tender, do Chega, recolheu 49 votos, tendo ficado pelo caminho. À segunda votação, nenhum dos candidatos conseguiu maioria (116 votos).

Francisco Assis (PS) e Aguiar Branco (PSD) passaram à segunda volta da terceira eleição para presidente da Assembleia da República, mas o resultado não foi diferente. Os candidatos do PS e do PSD foram os mais votados, mas o Chega votou em branco e voltou a adiar a eleição.

Sem consenso, segue-se nova votação esta quarta-feira, em plenário agendado para as 12 horas.

Amanhã, Luís Montenegro apresenta a composição do futuro Governo que deverá tomar posse a 02 de abril.


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27/03/2024 Jornalista: Sara Esteves Repórter de imagem: DR

Política

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