Flaviense recorre a compostos sustentáveis para a produção de fantomas

Inovação permite a redução de custos na produção destas peças, usadas em radioterapia, que possibilitam obter imagens de raio-x.

Cláudio Coutinho, aluno do Mestrado de Biomédica do ramo de Biomateriais da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) desenvolveu novos materiais, com recurso a resíduos orgânicos/inorgânicos, para a produção de fantomas, objetos físicos usados para simular o corpo humano e seus órgãos, para fins de planeamento de radioterapia e controlo de qualidade.

Segundo o portal de Engenharia da EEUM, os fantomas de peças de Raio-X possibilitam obter imagens de raio-X de partes do corpo únicas, por diversas vezes, em diferentes posições, sem o perigo de prejudicar os pacientes.

O desenvolvimento destes novos materiais pelo jovem flaviense ocorreu durante o projeto de dissertação de mestrado no serviço de Radioterapia do IPO do Porto, sob a orientação dos investigadores da Escola de Engenharia, Vanessa Cardoso e Óscar Carvalho (CMEMS).

A inovação deste trabalho passa maioritariamente, de acordo com a Universidade do Minho, pelo fato de estes materiais serem baseados em compostos sustentáveis (resíduos), “o que permite uma redução financeira na produção que pode chegar a mais de 90% dos custos habituais”, sendo que os resultados obtidos após caracterização no IPO-Porto “superaram as expectativas de tal forma que os investigadores encontram-se a iniciar um novo trabalho que tem como objetivo a impressão dos fantomas”.

A tese de mestrado de Cláudio Coutinho, “Desenvolvimento de materiais sólidos para o fabrico de fantomas que mimetizem propriedades de absorção e dispersão da radiação do corpo humano quando sujeito a tratamento de radioterapia” foi defendida a 27 de fevereiro e obteve a classificação de 20 valores.


Partilha Facebook-
07/03/2024 Jornalista: Sara Esteves Repórter de imagem: DR

Sociedade

partilha facebook