Greve de técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica ronda os 80% de adesão no Hospital de Chaves

Exames complementares de diagnóstico foram desmarcados esta quarta-feira.

O hospital de Chaves está esta quarta-feira com alguns constrangimentos devido à greve de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT). A paralisação, cuja a adesão ronda os 80%, está a afetar a realização de exames complementares de diagnóstico, a adiar a realização de cirurgias e exames programados, disse ao Canal Alto Tâmega Rui Oliveira, técnico de diagnóstico na área de radiologia no hospital de Chaves e dirigente do Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS).

Segundo a mesma fonte, aderiram à greve cerca de 30 trabalhadores, num universo de 40, tendo sido assegurados os serviços mínimos.

Estes profissionais protestam contra a incorreta aplicação da lei que introduziu alterações às regras de transição e reposicionamento remuneratório da carreira, a incorreta aplicação, até à presente data, da circular conjunta Administração Central do Sistema de saúde (ACSS) e da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) aos técnicos em regime de Contrato Individual de Trabalho e a incorreta atribuição de pontos, no valor de 1,5 pontos/ano, que resulta da avaliação de desempenho dos TSDT.

“Há uma série de problemas com a carreira que já deviam estar resolvidos e não estão. Ficou estipulado que seria atribuído 1.5 pontos por cada ano de serviço e, no caso do hospital de Chaves e do Centro Hospitalar só atribuíram um ponto o que é injusto. Estamos a aguardar o resultado de uma ação jurídica”, revelou o dirigente local do STSS.

Rui Oliveira lamentou ainda a “diferenciação entre os contratos individuais de trabalho e os contratos da função pública”. “Somos todos colegas e queremos ser tratados da mesma forma”, salientou.

“Há ajustes na tabela salarial que não acompanharam a restante função pública. Nós também somos parte do Serviço Nacional de Saúde e às vezes, somos um bocadinho esquecidos”.

A greve de dois dias foi inicialmente convocada pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, afeto à CGTP, mas o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) e a Federação de Sindicatos da Administração Pública, afetos à UGT, anunciaram também uma paralisação para os mesmos dias.

Esta quarta-feira, 21 de fevereiro, decorreu uma concentração em frente ao hospital de São João, no Porto e amanhã será realizada uma manifestação em Lisboa, junto ao Ministério da Saúde onde o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) irá entregar uma lista com as reivindicações destes profissionais de saúde.


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21/02/2024 Jornalista: Sara Esteves Repórter de imagem: Carlos Daniel Morais

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