CHAVES: 10 habitações e 2 mil hectares devastados pelas chamas

O incêndio que deflagrou em Bustelo esta sexta-feira, reacendeu e ganhou força no sábado com estragos avultados nas aldeias de Vila Meã, Vilela Seca, Torre de Ervededo e Agrela, com um total de 2 mil hectares de área ardida.

O incêndio começou sexta-feira ao início da tarde em Bustelo e foi dado como dominado durante a madrugada de sábado, mas durante a tarde deu-se uma reativação, com o vento forte que se fazia sentir, que rapidamente o tornou num incêndio de grandes dimensões e de difícil combate para os mais de 300 bombeiros, e oito meios aéreos que estiveram no local.
A lavrar com grande intensidade as chamas rapidamente se aproximaram do Parque Empresarial de Outeiro Seco e das aldeias de Vilela Seca, Vila Meã, Torre de Ervededo, Agrela e Bustelo, onde se viveram momentos de grande aflição com 10 habitações a serem consumidas pelas chamas, sendo que cinco delas já se encontravam devolutas.
O autarca Nuno Vaz, que juntamente com o seu vereador Nuno Chaves, sempre se mantiveram no terreno para acompanhar o evoluir da situação e salientou que “não há nenhum ferido a lamentar, quer na população quer nos operacionais e isso, de facto, é muito importante, no entanto, foram atingidas 8 a 10 casas, uma de primeira habitação em Vilela Seca, uma outra habitável em Torre de Ervededo, mas onde já não estavam a residir os proprietários idosos, e as restantes ao que tudo indica eram casas devolutas. Temos o registo de que terão sido consumidas pelas chamas algumas estruturas de apoio à agricultura, alguns barracões, alguns armazéns e, porventura, algumas máquinas agrícolas”.
Nuno Vaz fez questão de referir que a preocupação sempre foi “a vida humana, depois a integridade das suas habitações e só depois, fazer contenção à progressão do incêndio na área florestal”
O autarca disse que não está fora de hipótese responsabilizar o autor, ainda que não intencional, deste incêndio, pois ao que tudo indica foi provocado pelo rebentamento de um pneu de um camião ao quilómetro seis da A24, mas a prioridade de Nuno Vaz é outra neste momento e adiantou que os serviços municipais de Proteção Civil e os técnicos da autarquia “vão fazer uma avaliação de todos os danos que foram provocados por este incêndio para conhecer a verdadeira dimensão, a sua extensão financeira, para que se possa levar este problema às instâncias nacionais”, referiu.
Este incêndio mobilizou para o terreno 323 operacionais, apoiados por 100 viaturas, oito meios aéreos e três máquinas de rasto.
Para além dos “Soldados da Paz” também o INEM, GNR e Proteção Civil municipal estiveram presentes no local.


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17/07/2022 Jornalista: Paulo Silva Reis

Sociedade

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