GD Vilar de Perdizes aponta “visões antagónicas” na origem do desacordo com autarquia de Montalegre

Em resposta ao comunicado divulgado pelo município barrosão na segunda-feira, o emblema raiano vincou que a falta de acordo para a receção ao FC Porto em Montalegre se deveu a “visões completamente antagónicas” das duas entidades

Tal como o município de Montalegre havia feito na segunda-feira, foi através das redes sociais que o Grupo Desportivo Vilar de Perdizes esclareceu, esta terça-feira, o “processo negocial malogrado” entre o clube e a autarquia.

Num comunicado assinado pelo presidente, Márcio Rodrigues, os ‘guerreiros da raia’ disseram “não compreender” o comunicado emitido pela autarquia de Montalegre relativo à falta de acordo para o jogo com o FC Porto, a contar para a terceira eliminatória da Taça de Portugal.

O clube confirmou que recebeu do município uma proposta para a realização do jogo entre o Vilar de Perdizes e o FC Porto no Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira, em Montalegre, avançando, também, que solicitou à autarquia o mesmo Estádio para a realização do encontro com o Vasco da Gama da Vidigueira, a contar para a segunda eliminatória da Taça de Portugal, e realizado a 24 de setembro no Complexo Desportivo Francisco Carvalho, em Chaves.

A direção do GD Vilar de Perdizes frisou que as entidades “têm visões completamente antagónicas em relação aos clubes e adeptos" que visitam o concelho, a par de uma "visão antagónica relativamente ao futuro" do emblema vilarense, fatores estes que resultaram num "processo negocial malogrado".

Na reunião realizada com a autarquia barrosã a propósito da receção ao FC Porto, Márcio Rodrigues diz ter informado "o município de que antes de qualquer decisão, queria auscultar a opinião da restante direção".

De acordo com o comunicado divulgado pelo município de Montalegre, após reunião com o clube, ficou acordado que a autarquia iria “financiar todas as despesas decorrentes do jogo que se perspetiva, a saber iluminação, bancadas, videovigilância e outras, a exemplo do que já aconteceu com o Benfica”, despesas estas avaliadas em mais de 100 mil euros.

Em ‘e-mail’ posterior ao encontro, a Câmara Municipal foi informada pelo clube que este “só aceitaria realizar o jogo no Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira, em Montalegre, se o município cumprisse uma série de condições completamente despropositadas e de teor condenável”, reiterou Fátima Fernandes.

O GD Vilar de Perdizes esclareceu que, após análise da proposta apresentada pelo município "tendo em consideração os superiores interesses" do clube, dos seus sócios e da aldeia, a par do "empréstimo" do Complexo Desportivo Francisco Carvalho pela SAD do Desportivo de Chaves para a realização dos jogos do Campeonato de Portugal na qualidade de visitado, a direção do clube apresentou uma "contraproposta" ao município que diz não ter sido aceite, motivo pelo qual considerou “por concluídas” as negociações com a autarquia.

"Ou seja, e em conclusão, foram encetadas negociações entre duas entidades distintas, tendo existido uma proposta, uma contraproposta e no final não se tendo logrado chegar a um entendimento", lê-se no comunicado.

A direção do clube esclareceu, ainda, que durante o processo negocial "nunca" denegriu, insultou, ameaçou ou “fez chantagem com ninguém, nem nunca publicou comunicações negociais trocadas com outro interveniente”.

 

 Redação


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04/10/2023 Repórter de imagem: David Teixeira

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