Misericórdia de Chaves assinalou o Dia do Pai valorizando figura paternal

De forma a homenagear os pais que se encontram institucionalizados, a comemoração do Dia do Pai, iniciativa enquadrada no plano de atividades da instituição, para além de pretender manter viva a tradição e o valor da figura paternal pretende reforçar a sua importância com a experiência e o testemunho de cada um.

“O dinheiro, qualquer um o ganha. Mas é preciso sabê-lo gastar”. Para José Fernandes, este ensinamento sempre foi transmitido aos filhos e assegura que “sempre o seguiram”, acrescentando de seguida, “ainda há pouco tempo me falaram nisso”, referindo-se aos quatro filhos que estão a residir em França. O utente que reside no Lar de Santa Isabel, em Vilar de Nantes, disse, com um sorriso “ligam-me todos os dias para saber como estou”, enquanto pintava juntamente com outros utentes, os marcadores que seriam colocados nos respetivos quartos com a foto de cada um. “Ser pai é estimar bem os filhos e os filhos estimarem bem os pais”, concluiu.
Por seu lado, Manuel dos Santos, dando voltas ao baralho de cartas, contou que o Dia do Pai foi passado na casa do filho que tem mais perto, porque os restantes, quatro, “vivem longe”. Para o nonagenário, “a educação é um dos pilares que os filhos levam para a vida. Sempre os educamos, dentro das nossas possibilidades e o melhor que soubemos”, mas, entende que esse legado “também tem muito a ver com cada um deles”, ilustrando, “temos cinco dedos nas mãos e não são todos iguais”. Mas, de uma coisa tem a certeza, “todos são meus amigos”, disse, orgulhoso e emocionado o utente que também reside naquele lar da Santa Casa da Misericórdia de Chaves.

Construindo memórias que são a nossa identidade

Depois de receberem uma lembrança que a equipa de animação sociocultural, carinhosamente, preparou para lhes oferecer, participaram num lanche partilhado de homenagem aos pais.

“Assinalar este dia é uma tradição que sempre quisemos manter”, explicou Luísa Teixeira. “É fundamental, depois da vivência de tantas restrições impostas por uma pandemia que ainda não terminou, que tenham presentes os laços afetivos que existem entre eles e a família, porque ao longo da vida se vão construindo memórias e é importante para eles falar delas, porque têm um peso enorme na sua identidade”, referiu a animadora sociocultural.


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30/03/2022 Texto e fotos: SCM Chaves

Sociedade

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