R. PENA: 175 anos da morte da primeira mulher de Camilo Castelo Branco

Joaquina Pereira de França faleceu em Friúme, Ribeira de Pena, a 25 de setembro de 1847, com 20 anos de idade. Na sua despedida fúnebre foi sepultada como pobre, contando também com uma missa cantada.

Nasceu a 23 de novembro de 1826 em Taralhão, distrito do Porto, sendo a mais velha de 6 irmãos. Os seus pais eram Sebastião Martins dos Santos e Maria Pereira de França.
Veio para Friúme muito pequena com os Pais, cujo objetivo seria fugirem do centro da cidade e das lutas liberais. Na altura, Friúme era uma aldeia importante e influente nas transações comerciais da região, sendo entreposto de recoveiros que asseguravam a circulação de mercadorias para Guimarães e Porto. Um facto que comprovava isso era a existência de Tabelião e Boticário.
Enamorou-se do escritor Camilo Castelo Branco, com o qual descobriu o AMOR nos recantos da aldeia e na ilha dos amores, contado em várias passagens na literatura de Camilo. Casou com Camilo Castelo Branco na Igreja do Salvador, a 18 de agosto de 1841. Engravidou de Camilo Castelo Branco e teve uma filha, cujo nome era Rosa Pereira de França Castelo Branco. A filha nasceu na casa onde moravam, sendo nos dias de hoje o atual Museu Camilo Castelo Branco.
Joaquina é “lembrada” muitas vezes na obra de Camilo, por ser uma inspiração. No entanto, ao longo das suas obras, Camilo também critica o amor proibido e casamento por conveniência.
Alberto Pimentel, biógrafo e político, redigiu um livro sobre Joaquina intitulado por “A primeira mulher de Camilo”. Ficando a sugestão para os apaixonados de Camilo neste dia de comemoração.


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25/09/2022

Cultura

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