GD Chaves volta a perder no Algarve e acentua ciclo de desaires

Depois da goleada frente ao Vitória de Guimarães e de novo ‘desaire’ na receção ao Benfica, o Grupo Desportivo de Chaves viajou até ao Algarve para defrontar o Portimonense antes da paragem para as seleções, com Moreno obrigado a assistir à partida da bancada devido a castigo.

Os visitados, que viram o seu esquema tático alterado para 4x3x3, com Paulo Sérgio a prescindir dos habituais três centrais, entraram melhor na partida e foram obrigando os transmontanos a jogar no seu último terço do relvado.

Já o GD Chaves, que manteve o mesmo ‘onze’ da derrota caseira frente aos ‘encarnados’, foi alternando entre um esquema de 5x4x1 à defesa e um 3x4x3 no ataque, demonstrando dificuldade em superar a atitude pressionante dos algarvios.

Depois de alguns avisos à baliza de Hugo Souza, o Portimonense inaugurou o marcador aos 14 minutos, por intermédio de Hélder Varela, após um ressalto do esférico em Cafú que acabou por enganar o guardião brasileiro.

Do lado dos transmontanos, a única ocasião digna de registo foi conseguida por Sanca (32’), mas o cabeceamento do extremo foi facilmente defendido por Vinicius Silvestre.

Mas golos, só para os algarvios: antes do intervalo, o equatoriano Ronie Carrillo aumentou a vantagem dos visitados, aos 38’, enviando a bola para o fundo das redes transmontanas, na recarga,  após um cabeceamento à barra de Dener.

A etapa complementar arrancou com um GD Chaves revigorado e com Luís Morgado, que substituiu Moreno no banco, a operar três substituições: Carraça, Jô Batista e Ygor Nogueira entraram para os lugares de Correia, Lameiras e Bruno Rodrigues, respetivamente, mantendo-se o mesmo esquema tático.

Sanca voltou a destacar-se, aos 48’, e Carraça teve oportunidade para ‘faturar’, aos 56’, tal como Sylvester Jasper, aos 50’, que desperdiçou uma oportunidade flagrante para o Portimonense.

Já aos 67 minutos, a troca de Cafú Phete por Benny viria a dar frutos 20 minutos depois, destacando-se, ainda, a entrada de João Pedro para o lugar de Kelechi. Depois dos avisos de Jô Batista e de Héctor Hernández, aos 80 e 86 minutos, Benny atirou a contar com um forte remate de fora da área (87’) e reduziu a desvantagem.

O golo tardio dos transmontanos reacendeu a esperança num desfecho diferente, mas o Portimonense soube “sofrer” para controlar o marcador e “segurar” a vitória até ao cair do pano.

Com este desaire, o GD Chaves somou a terceira derrota consecutiva na I Liga e permanece em zona de despromoção, no 17.º e penúltimo lugar da tabela classificativa, com sete pontos, somando, também, 30 golos sofridos em 11 jornadas.

 

 Declarações Moreno:

 

“ (...) Sou o grande responsável, não fujo. Não tenho nada a apontar aos atletas naquilo que é o dia-a-dia. A verdade é que chegam ao dia da competição e, em muitos momentos do jogo, não dão a resposta de que (estamos) à espera. Temos de perceber porquê, e continuar o trabalho. O momento é difícil, mas não me sei agarrar a mais nada que não seja o trabalho diário e ir à luta com estes atletas”.

 

 

Mariana Ribeiro