Academia de futebol visita GD Chaves para desenvolver a formação em Omã

A PLFA, com um programa intitulado “Chasing the Dream in Portugal”, viajou até Portugal para conhecer a realidade de vários clubes profissionais, tais como GD Chaves, SC Braga, Sporting CP e GD Estoril Praia, garantindo a oportunidade aos seus atletas de “adquirir uma experiência valiosa através de treinos de alto nível e exposição a ambientes de futebol profissional”.

À conversa com o Canal Alto Tâmega, o treinador flaviense da PLFA, Miguel Martins, garante que um dos objetivos é “mostrar o talento que há em Omã, não só na nossa academia”, mas também para que os seis atletas que viajaram do sudeste da Península Arábica possam viver “uma situação extremamente diferente daquilo que encontram lá em Omã, principalmente, pelo nível de profissionalismo dos clubes portugueses”.

O técnico de 26 anos explica ainda que o plano passa por absorver “o que encontramos aqui” para “tentar melhorar e fazer a nossa parte no desenvolvimento do futebol em Omã”.

Três omanenses, dois iranianos e um escocês, com idades entre os 19 e os 13 anos, tiveram, ao longo desta segunda-feira, a oportunidade de visitar a loja do clube, o Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, de falar com o treinador dos ‘Valentes Transmontanos’, Filipe Martins, e ainda de treinar com os jovens atletas da formação azul-grená.

A visita a Portugal é motivada, de acordo com Miguel Martins, pela “proximidade que temos com o país”, uma vez que o “coordenador técnico da academia é português e também temos dois treinadores portugueses”. Para além disso, a escolha recaiu em terras lusas, porque “Portugal é um país que consegue, com 10 milhões de habitantes, ter um nível de talento acima da média e isso deve-se à qualidade das academias, dos clubes e dos treinadores e, por isso, quisemos dar essa experiência também aos nossos miúdos”.

Com uma passagem recente pelo Grupo Desportivo de Chaves, onde assumiu funções de treinador-adjunto nos sub-19 e nos ‘bês’, Miguel Martins admitiu que a escolha de Chaves como ponto de partida deste projeto deve-se “à proximidade que tenho com o clube e a facilidade que foi trabalhar com o Pedro Castro [Coordenador técnico da formação do GD Chaves]. Falámos duas vezes e organizamos tudo muito rapidamente e acho que isso mostra também a boa relação que temos. Para além disso, as condições climatéricas também foram relevantes, eles lá não vão experienciar o frio como aqui e certamente vão ter uma experiência diferente a esse nível. No fundo a experiência vai ser muito semelhante a nível dos quatro clubes, porque toda a gente trabalha bem a formação e o objetivo é mostrar-lhes a diferença do futebol omanense para o português, que é completamente diferente”.

Já Pedro Castro, coordenador técnico da formação do GD Chaves, avalia positivamente este intercâmbio, tanto para “os jogadores da PLFA, assim como para os nossos, para interações as relações interpessoais entre eles. Perceber que do outro lado do mundo e, num mundo difícil, como está hoje em dia, também há culturas diferentes que jogam o mesmo futebol que eles”. O responsável pelo departamento técnico da formação azul-grená refere que a “parte social também é muito importante para nós, assim como levar um pouco a marca dos GD Chaves para países longínquos que nem sempre conseguimos chegar”.

Em relação ao Grupo Desportivo de Chaves poder realizar um intercâmbio semelhante a este, Pedro Castro admite que os “recursos financeiros não são os mesmos, mas não está colocada de parte essa hipótese, nem de Omã, nem de outro país que seja possível”.

Depois de Chaves, estes seis atletas da PLFA rumaram a Braga, onde visitam as instalações do SC Braga. Até ao final desta semana, esta academia de futebol passará ainda por clubes como Sporting CP e GD Estoril Praia.

Diogo Batista
Fotos: DR