Associação quer atuar na prevenção e avaliar o risco da população desenvolver diabetes

A primeira atividade ao público, da recente associação de profissionais de saúde vai avaliar o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 nos próximos 10 anos, na população flaviense.

A Associação de Profissionais de Urgência e Emergência Aquae Flaviae (APUEAF), criada em março deste ano, quer atuar na prevenção de doenças e nesse sentido, vai realizar, junto da população, uma atividade de avaliação do risco de estas virem a desenvolver diabetes tipo 2 a 10 anos.

Trata-se de um rastreio à população, totalmente gratuito, mas também do planeamento e acompanhamento da pessoa, explica Daniel Bernardo, presidente da Associação de Profissionais de Urgência e Emergência Aquae Flaviae.

“Este rastreio é feito a todas as pessoas com 18 anos, ou mais de idade, e que não tenham um diagnóstico prévio de diabetes. Não é um rastreio em que damos um valor à pessoa e ela vai embora. A nossa forma de trabalhar é sempre na procura de uma avaliação, na procura de resultados”, destaca Daniel Bernardo, enfermeiro especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica no Serviço de Urgência e na Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD).

O rastreio à população acontece este domingo, 12 de maio, durante a manhã na Praça General Silveira em Chaves e será composto por quatro fases (Rastreio, Planeamento, Intervenção e Acompanhamento).

“Fazemos o rastreio, obtemos um valor e perante esse valor, se for risco moderado, elevado ou alto temos a possibilidade de no momento fazer um planeamento à pessoa, de alimentação e de atividade física com um mês gratuito em ginásios. A pessoa também pode optar por fazer um auto-planeamento de exercício físico. O que nós queremos é que a pessoa fique em alerta para mudar comportamentos e adotar estilos de vida saudáveis, através dos ensinos ou educação para a saúde”.

Esta iniciativa pretende também “dar seguimento à pessoa, a curto prazo, através de um contacto telefónico para percebermos se há alguma alteração, ou seja, se mudou hábitos alimentares e se está a cumprir o planeamento do exercício físico, independentemente se for o planeamento proposto por nós, ou o auto-planeamento. Vamos conseguir nas pessoas com risco moderado, alto ou muito alto, de desenvolver diabetes, fazer no momento, o teste da hemoglobina glicada com o resultado na hora, que possibilitará encaminhar [o utente] para o médico de família”.

Este teste serve para medir a quantidade de açúcar (glicose no sangue). “O resultado da análise reflete o nível de glicose no sangue nos últimos dois a três meses, sendo que este valor, se tiver alterado é um forte indicador de que a pessoa pode vir a ter diabetes. O intuito é alertar e não diagnosticar, até porque fazemos o devido encaminhamento para o médico de família”, explicou.

Após os resultados e encaminhamento, a equipa desta associação passará à fase de intervenção para perceber se a pessoa está a cumprir com o sugerido pelos profissionais. “Após os três meses previstos, voltamos a chamar apenas as pessoas que deram risco moderado a alto e voltamos a fazer o rastreio gratuito para perceber se tivemos ganhos em saúde. Se tivermos muito bem, caso contrário, estamos preparados para perceber em que fase do processo houve falhas, se no planeamento ou na fase de intervenção, e onde podemos melhorar. Temos sempre uma solução para dar às pessoas”, salientou o presidente da direção da APUEAF.

Esta ação está inserida na comemoração do Dia Internacional do Enfermeiro, assinalado a 12 de maio e será também a primeira atividade pública da APUEAF, fundada por cerca de 20 enfermeiros e médicos que exercem funções no Serviço de Urgência da Unidade Hospitalar de Chaves da ULSTMAD. Este rastreio gratuito conta com a colaboração de várias empresas e parceiros da associação, sem fins lucrativos, que tem já concretizado alguns projetos junto da comunidade. A iniciativa carece de inscrição (https://www.apueaf.pt/eventos).

“Não é só chegar às pessoas e informar. Queremos informar, formar e buscar no final resultados. Só assim é que ficamos satisfeitos em tentar perceber o impacto destas ações na comunidade”. 


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09/05/2024 Jornalista: Sara Esteves Repórter de imagem: DR

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