CDC Montalegre garante não ter “nada a perder e tudo a ganhar” na difícil visita ao FC Porto

Na antevisão à partida da quarta eliminatória da Taça de Portugal, o treinador do CDC Montalegre, Tony, destacou que o maior título que pode receber será conseguir que, no final da época, os jogadores consigam alcançar outros patamares no futebol e garantiu que a equipa barrosã será fiel a si mesma

Ciente das dificuldades que irá encontrar no Estádio do Dragão, esta sexta-feira, na conferência de imprensa de antevisão ao embate histórico, Tony da Silva referiu que não há um momento certo para defrontar “um clube de topo mundial” como é o FC Porto, acreditando que será um momento “excecional para todos”, em especial para os seu jogadores, pela visibilidade que acarreta, acreditando que essas “luzes” poderão vir a dar frutos.

“É um jogo onde não temos nada a perder e tudo a ganhar. É esta a mensagem que tenho passado aos jogadores. Sabemos que pelo ADN que tem, o FC Porto nunca facilita. Sabemos, de antemão, as dificuldades que iremos enfrentar, mas todos vamos levar uma lição deste jogo. Enquanto treinador vou levar uma lição do Sérgio Conceição, mas nunca vou pedir aos meus guarda-redes que defendam como o Diogo Costa, nunca vou pedir aos meus avançados que sejam um Taremi ou Evanilson”, assegurou.

Ao mesmo tempo, o técnico barrosão quer que a equipa seja fiel a si mesma, que desfrute do jogo e não esqueça o lema “antes quebrar que torcer”.

“Aquilo que quero é que os meus jogadores desfrutem do jogo, sejam iguais a eles próprios, que joguem com coragem e que sintam prazer naquilo que façam. Sabemos que é extremamente difícil mas, como qualquer barrosão, antes quebrar que torcer. Vamos dar o nosso melhor, fazer o nosso futebol e jogar à Montalegre”, reiterou Tony.

No dia em que o clube completa 59 anos de atividade, o “filho da terra” não esqueceu o caminho difícil que a equipa tem trilhado, o “sangue suado” para chegar à quarta eliminatória da Taça de Portugal e as vicissitudes do que é “ser clube de futebol no interior”.

Por tudo isto, vincou que o mais importante é a equipa continuar a “dignificar as cores e o símbolo do clube”, bem com as gentes do Barroso, não escondendo que dentro dos três resultados possíveis, um triunfo no Dragão será o melhor de todos.

“Um bom resultado é ganhar. A expectativa é dignificar as cores do nosso clube. Com certeza iremos fazer um grande jogo”, frisou Tony.

Subscrevendo as palavras do técnico, o capitão Edu Machado recuou à época de 2009/2010 e à final da Taça de Portugal entre o GD Chaves e o FC Porto, “um sonho tornado realidade”, mas alertou que a “a guerra” dos raianos é o Campeonato de Portugal e conseguir devolver o clube à Liga 3.

“São sempre jogos especiais, tento passar isso aos colegas. O que lhes digo é para estarem tranquilos, desfrutarem do jogo e serem iguais a eles mesmos. Sabemos que é um jogo que traz visibilidade, mas a seguir a este jogo temos a nossa guerra, o nosso campeonato. Temos objetivos bem vincados”, frisou.

Ainda assim, o flaviense garantiu que a equipa está “motivada”, “tranquila” e que “os jogadores sabem o que têm de fazer”, sem haver “a pressão de ganhar ao FC Porto”.

“Sabemos que vai ser um jogo difícil, sabemos que as possibilidades de passagem são escassas para o nosso lado, mas vamos lutar pela eliminatória até onde pudermos”, concluiu.

O CDC Montalegre visita o FC Porto amanhã, às 20h45, no Estádio do Dragão, na cidade do Porto, em jogo da quarta eliminatória da Taça de Portugal em futebol, arbitrado por Hélder Carvalho (AF Santarém).

 

Texto e fotos: Mariana Ribeiro


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23/11/2023 © MR

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